Eu quero amar, amar perdidamente
Amar só por amar: aqui … além …
Mais esse e aquele o outro e toda gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz foi para cantar.
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder … prá me encontrar.
Brasília – 2005
(Poema de Florbela Espanca e música de João Bosco Marinho)